1) TRIPÉ NA UMBANDA
Na formação da Umbanda a sustentação inicialmente é dada pelos Pretos Velhos, Caboclos e Crianças, face a própria histologia umbandista (escravos, indígenas e crianças) dentro de um prisma de que no Brasil já haviam índios, os portugueses chegaram com sua bagagem imutável de cunho católico, mais tarde um pouco a influência Europeia, principalmente por Kardec e por fim, com os escravos, trouxeram as raízes ritualísticas ancestrais de sua Africa natal, por certo que por se tratar de religião agregadora e genuinamente nacional, várias foram as falanges inseridas e as crianças representando o novo aprendizado e a pureza, estão portanto, inseridas na triangulação. Mais adiante, pois, como sempre dinâmica e atual, trabalhadores de várias vertentes regionais foram se definindo, mas base se solidificou do Tripé.
Na formação da Umbanda a sustentação inicialmente é dada pelos Pretos Velhos, Caboclos e Crianças, face a própria histologia umbandista (escravos, indígenas e crianças) dentro de um prisma de que no Brasil já haviam índios, os portugueses chegaram com sua bagagem imutável de cunho católico, mais tarde um pouco a influência Europeia, principalmente por Kardec e por fim, com os escravos, trouxeram as raízes ritualísticas ancestrais de sua Africa natal, por certo que por se tratar de religião agregadora e genuinamente nacional, várias foram as falanges inseridas e as crianças representando o novo aprendizado e a pureza, estão portanto, inseridas na triangulação. Mais adiante, pois, como sempre dinâmica e atual, trabalhadores de várias vertentes regionais foram se definindo, mas base se solidificou do Tripé.
Na obra mediúnica advinda de Yamunisiddha Arhapiagha, Mestre-Raiz da Escola de Síntese livro de Umbanda, " A PROTO-SINTESE CÓSMICA de F. Rivas Neto" de 2002, nos traz motivação explicativas para esse Tripé da Umbanda, vejamos:
"Qual o motivo de escolherem essas formas? Por que se travestir com essas roupagens fluídicas?
Primeiro, escolheram estas variações regionais para facilitar o contato com aqueles que ainda traziam fortes traços culturais. Assim, os brasileiros de origem ameríndia facilmente se identificaram com os "Caboclos"; os brasileiros de origem africana se identificaram com os "Pais-Velhos"; os de origem européia se identificaram com as "Crianças", e assim por diante.
Um segundo aspecto é que Crianças, Caboclos e Pais-Velhos representam as três etapas da vida humana: infância, maturidade e senilidade, aspectos esses presentes em todas as raças.
O terceiro aspecto são os valores inconscientes ou arquetípicos que essas roupagens traduzem. Assim, a Criança é símbolo de Amor e Pureza; o Caboclo é símbolo da Fortaleza e da Atividade; o Pai-Velho é símbolo da Sabedoria e da Humildade."
Assim, dentro do Tripé, surgem agregados, os
mais conhecidas (Boiadeiros - incluso Vaqueiros, Baianos - incluso
cangaço, Ciganos, Marinheiros - incluso pescadores, Exus e Pombo Giras,
Exu Mirim e Malandros). Contudo, a Umbanda nunca foi e nem será
engessada e taxativa, há uma série de vertentes que ainda são agregadas a
Umbanda, o mais interessante e mágico é que são incluídas linhas não
cultuantes de Orixás, exemplo Indú, budistas e até espíritos
independentes. A lista é bem extensa.
2) NÍVEIS E INCORPORAÇÃO CONSCIENTE, SEMICONSCIENTE E INCONSCIENTE
A mediunidade pode ser inconsciente, semiconsciente e consciente, antigamente se via muitos médiuns inconsciente, porém, até aqueles que não eram se viam obrigados a dizerem que eram, sob pena de perderem a credibilidade, no inconsciente seu aparelho se ausenta do seu modo de ação, as atitudes e orientações são exclusivas da entidade, não sendo possível o médium fazer interferências ou influências no trabalho da entidade, e ainda, não se lembra do que ocorreu quando incorporado.
O semiconsciente, exerce parcialmente, é comum o médium ter eventualmente na incorporação sintomas de consciência, pode exercer alguma influência, e ainda, após os trabalhos lembrar de algumas coisas. O consciente sabe que está incorporado, pode exercer influência no trabalho e se lembra do que ocorreu na gira. Todos os três tipos de incorporação há necessidade de se ter maturidade mediúnica, ou seja, saber separar o trabalho religioso do pessoal, respeitar e ter ética, não ficar fofocando e falando daquilo que foi confiado para as entidades, em todos os casos o trabalho principal é da entidade e não do médium, nas três situações ele exerce apenas um papel auxiliar, a não ser, que esteja realizando trabalho de passes magnéticos sem incorporação efetiva, onde o médium é o condutor e principal executor da caridade.
Partindo do marco zero, que é o ponto neutro, estado de total consciência do médium, temos a escala evolutiva em níveis de densidade que variam de para densidades nos polos positivo e negativo, a de Exu é a mais densa das entidades da Umbanda, assim é possível que o médium esteja em um dos níveis (-1, -2 e -3);
Em relação às entidades da direita, utilizando também do Tripé Umbandista, temos os Pretos Velhos e Caboclos no nível mais elevado na podendo variar até +3, as crianças até+2, portanto, Preto Velho e Caboclo (+1, +2 e +3) e Crianças (+1 e +2). O ponto de diminuição indo apenas para +2, se deve ao fato da facilidade de incorporação das crianças e ainda os níveis de complexidade dos assuntos tratados com elas, que apesar de fazerem atendimentos das mais diversas situações, ainda são limitados em explicações e situações de maiores exigências, situações da alçada de Pretos Velhos e Caboclos.
As outras entidades também estão inseridas, também possui seus níveis, que deixaremos para outro estudo, neste tratamos da fonte basilar (Preto Velho, Caboclo e Criança).
3) GRÁFICO
a) Padrão sem incorporação: neutro ou zero, sem estar incorporado.
b) Incorporado a Exu e Pombo Giras:
• Inconsciente: informação e conhecimento trazido apenas pela entidade, controle total da entidade (Nível -1);
• Semiconsciente: informação e conhecimento trazido pela entidade e pelo médium , controle duplo (médium e entidade) (Nível -2);
• Consciente: informação e conhecimento trazido pela entidade e pelo médium, controle do médium (Nível -3);
c) Incorporado a Caboclos (as):
• Inconsciente: informação e conhecimento trazido apenas pela entidade, controle total da entidade (Nível +1);
• Semiconsciente: informação e conhecimento trazido pela entidade e pelo médium , controle duplo (médium e entidade) (Nível +2);
• Consciente: informação e conhecimento trazido pela entidade e pelo médium, controle do médium (Nível +3);
d) Incorporado a Pretos(as) Velhos(as):
• Inconsciente: informação e conhecimento trazido apenas pela entidade, controle total da entidade (Nível +1);
• Semiconsciente: informação e conhecimento trazido pela entidade e pelo médium , controle duplo (médium e entidade) (Nível +2);
• Consciente: informação e conhecimento trazido pela entidade e pelo médium, controle do médium (Nível +3);
e) Incorporado à crianças:
• Inconsciente: informação e conhecimento trazido apenas pela entidade, controle total da entidade (Nível +1);
• Semiconsciente : informação e conhecimento trazido pela entidade e pelo médium , controle duplo (médium e entidade) (Nível +2);
• Consciente: informação e conhecimento trazido pela entidade e pelo médium, controle do médium (Nível +2);
As séries se devem ao máximo extraído da incorporação em níveis, Preto Velo e Caboclo até serie 3 ou nível 3 e Criança até série 2 ou nível 2, atingindo o máximo em até (100%) de incorporação consciente, semi-consciente e inconsciente. O gráfico para Exu e Pombo Gira seria o mesmo, porém, invertido com séries ou níveis em (-1, -2 e -3), com a mesma porcentagem de incorporação.
4) CONTEMPORANEIDADE
Os médiuns na incorporação inconsciente não conseguem aprender com as entidades, apenas a entidade aprende como o médium, já em semiconsciência a entidade continua aprendendo com o médium, porém o médium aprende apenas parcialmente, já a consciente a entidade aprende com o médium e o médium obtém também aprendizado pleno com a entidade.
Há divergências a respeito da incorporação inconsciente, alguns doutrinadores sustentam que já não nascem médiuns absolutamente inconscientes, que os últimos nasceram na década de 80. Dizem também que o processo de incorporação dentro do estado de inconsciência foi necessário em determinada época face a necessidade de solidificar a Umbanda, onde foi importante face o pouco conhecimento, principalmente dos brancos, quanto ao conhecimento ancestral e práticas aplicadas. Outro entendimento é que as entidades "baixavam" 'cruas', ou extremamente identicas a sua participação no mundo espiritual, trazendo assim muita informação e conhecimento, grande parte ao que temos hoje.
Hoje temos grande bagagem de conhecimento, e dentro de uma perspectiva da teoria "Ressonância Morfica" do cientista Sheldrake poderiamos ter a confirmação, quando um "grupo crítico" de indivíduos aprendem algo, como no caso dos ensinamentos trazidos pelas entidades "cruas" frente a outras religiões predominantes, facilita para os demais membros daquela sociedade o entendimento, mesmo que nunca tenham tido contato com tais conhecimentos, porém, não esgotados face aos mistérios ainda existentes.
Contudo, independente disso, mesmo que o médium seja totalmente consciente, ele não é inferior ao semi ou ao inconsciente. Ao contrário, há entendimentos que o médium consciente seria o mais adequado, corrigindo imperfeições em si e porque não nas entidades? Um aprendendo com o outro e evitando que as entidades sejam utilizadas a revelia por qualquer intenção.
Veja entendimentos a respeito:
"A ressonância mórfica é um processo básico, difuso e não-intencional que articula coletividades de qualquer tipo."
— Revista Galileu
“A ressonância mórfica tende a reforçar qualquer padrão repetitivo, seja ele bom ou mal”
— Rupert Sheldrake
— Rupert Sheldrake
Faz todo sentido, uma vez que se expansionou a Umbanda, não só com tradições raízes africanas e amerindias, mas, com tendências até maiores SINCRETICAS, face a miscigenação latente e voluptuosa migração europeia. Em tempos primórdios com tradição passada apenas pela fala, na sequência, evoluido dentro da cultura e tradição nacional, com a inserção e reconhecimento do Espiritismo, em algo que negavam como por exemplo Caboclo das 7 Encruzilhadas de Zélio de Moraes manifestando em mesa branca Kadercista. Assim, tal como a teoria em tempo que a inconsciência foi determinante e hoje não mais. O conhecimento é evidente, falado e escrito.
A certeza é uma, o médium deve ser maduro o suficiente pra ter ética e moralidade, ou seja, mesmo sabendo de segredos, situações que chegam por meio dos processos mediunicos, em especial a incorporação, deve ter a maturidade dentro da moralidade e ética de guardar consigo e utilizar somente para a caridade pra que tem a fé na entidade consultada. É isso que se espera.
Atualização 05/10/2023
Atualização 17/10/2023
NÍVEIS DE APRENDIZADO E EVOLUÇÃO DO MÉDIUM ATIVO INCORPORANTE | A INCORPORAÇÃO INCONSCIENTE, SEMICONSCIENTE E CONSCIENTE DENTRO DO TRIPÉ DA UMBANDA | Autor | Médium | Advogado | Agostinho de Siqueira Neto |Também pelo espírito de Pai João de Aruanda.
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