terça-feira, 26 de setembro de 2023

PLANTA VÔMITO



Em um desdobramento espiritual via pessoas primeiro desdenhando da minhas conquistas. Eu tinha dois veículos, apesar de velhos estavam em bom funcionamento, guardados em uma garagem, contudo, uma das pessoas que desenhavam, queria muito um dos veículos, eu cheguei a tirar um veículo da garagem pra emprestar pra essa pessoa.

No momento que emprestei, imediatamente fui parar na porta da minha casa, onde tinha uma entidade feminina na porta, acredito ser uma pombagira, era loira e jovem, e visivelmente fazia a guarda sentada. 
Parei, olhei pra entidade e ela me disse que a planta que eu procurava, era aquela plantada no meu jardim, bem ao lado de onde ela estava sentada.

Então, derrepente me vi com uma pequena faca pra cortar um pedaço da planta. Era uma planta de cerca de meio metro de caule gordo ou robusto, toda verde e cheias de pequenas folhas aveludadas e também mais inchadas, parecia fazer pequenas dobras de excesso de robustez.

Achei ela muito estranha, mas entendi que ela era minha porque estava na frente da minha casa ao lado de uma guardiã.
Quando cortei algumas folhas, imediatamente cresciam outras no lugar e começava a descer uma secreção oleosa, mas que não impediu o crescimento das demais folhas.

Logo a entidade que estava ali me disse que essa era a "Planta Vômito", que botava pra fora essa secreção toda vez que alguém se utilizava dela. De imediato retornei do desdobramento e me pus a refletir, pensando nas entidades.

O Preto Velho se aproximou e me disse que todos estamos com acúmulos em excesso, que não queremos nos desprender de muita coisa, seja material ou emocional. 

Às vezes a raiva, o ódio, rancor e o próprio apego a matéria, principalmente itens e emoções que estão em acúmulo, que não mais nos são úteis.

Me disse que nos tornamos essa planta astralina chamada vômito, pois tudo isso se torna uma bomba relógio dentro de nós, e que ao invéz de colocarmos pra fora, sangramos um pouco, mas logo seguimos a vida, simplesmente camuflando esses acúmulos internos e externos com nova folhagem, guardando dentro de nós essas energias.

Me disse pra desapegar, e por pra fora, tal como um vômito essas energias pra que nós tornemos "plantas melhores", sem esse excesso. Me disse ainda que no plano espiritual é mais visível aquilo que temos dentro de nós, mas, o que sentimos na matéria faz correspondência exata a nossas auras espirituais. Disse ainda que quase todas as pessoas estão como essa "planta vômito", aqui no plano terreno encarnadas.

Linha de uma moral extraída: Temos que nos livrar dos excessos e acúmulos energéticos desnecessários enquanto é tempo encarnatorio, pois no mundo espiritual teremos também que lhe dar com os mesmos problemas e talvez ficaremos estacionados, plantados, parados tal como a planta estranha narrada. 

Se você compreendeu de outra forma deixe seu entendimento nos comentários.

Autor desconhecido.

SARAVÁ UMBANDA!
Filhos de Pai João de Aruanda


quarta-feira, 13 de setembro de 2023

REGRAS NO TERREIRO




𝗦𝗮𝗰𝗲𝗿𝗱𝗼𝘁𝗲 𝗽𝗼𝗱𝗲 𝘀𝗲 𝗼𝗽𝗼𝗿 𝗮 𝗿𝗲𝗴𝗿𝗮 𝗶𝗺𝗽𝗼𝘀𝘁𝗮 𝗽𝗲𝗹𝗮 𝗲𝗻𝘁𝗶𝗱𝗮𝗱𝗲?


Dentro da máxima dita por muitos que estão em uma corrente "pelo amor ou pela dor", duas situações se estabelecem para a decisão de uma pessoa procurar um terreiro para participar efetivamente de uma corrente. A primeira é inerente ao ser humano (mediunidade), a segunda, são as relações sociais (as regras de convívio, tradição e cultura). O mais difícil é o Sacerdote saber ponderar ou achar o meio termo dentro desse contexto, às vezes ele mesmo não consegue organizar essa junção em si mesmo, gerando muitas vezes as aberrações sacerdotais por aí, e os filhos do terreiros com sérios problemas em todas as áreas. 


Como o sacerdócio é do espírito para a carne, e não o contrário, a experimentação mediúnica vai edificando e consolidando os terreiros. A ponto de ser notório perante a sociedade ou grupo social, que ali realmente consegue desenvolver médiuns, trazer resultados para sua comunidade/sociedade e se firmar em suas regras próprias. 


Dirigir uma casa as vezes exigem manobras arriscadas pra se manter longe de acidentes, ou para pegar um caminho melhor. Até aquele que expressa sua mediunidade sozinho precisa de alguma normatização, mesmo que seja verbal ou mentalizada, causando algumas rotinas em sua prática mediunica. Imagine então, terreiros com vários médiuns, cambonos e etc. Mesmo que seja por tradição oral, ainda sim, são regras a cumprir ou no mínimo respeitar. Até o que é óbvio hoje, um dia teve que passar pela experimentação, enfim, se tornando uma norma.


Por essas questões que muitos falam em codificação da Umbanda. Uma unificação de entendimentos similares, universais, facilitando a expressão da Religião. Mas, não acredito que consigamos chegar.


A verdade faz parte de uma base complexa e de estrutura ainda pior. Ao mesmo tempo que dificulta o entendimento, reafirma como expressão espiritual quando as orientações espirituais são respeitadas.


Nessa esteira,  por vezes os aforamentos das entidades extravasam o plano social do terreiro, extrapolando os entendimentos e a limitação de determinado grupo, então, a missão Sacerdotal adentra também nesse quesito, o de fiscalização, e muitas vezes com entendimentos contrários até das próprias entidades que podem estar em maior ou menor grau de evolução, mas, a finalidade é manter o convívio no mínimo aceitável das relações sociais.


Sendo certo que estamos encarnados vivendo nossos anos de matéria integralmente, por força mediúnica e as vezes por pura curiosidade apenas, não deixamos de nos aventurar no plano espiritual das mais diversas formas, inclusive por meio da Umbanda. Portanto, acabamos por priorizar essas relações sociais em detrimento de alguns aforamentos espirituais. Ainda nos parece ser o mais correto a se fazer, pois temos as leis dos homens a cumprir, dentro da moral e ética.


O principal fundamento e lei da Umbanda é a caridade, ou seja, fazer o bem sem ver a quem. Outros mandamentos são: humildade, fraternidade, amor ao próximo e o desenvolvimento espiritual e pessoal. Lei que não foge das máximas de Jesus.


Lembremos o que Jesus respondeu a Pilatos em João 18:36-38:


— 𝘖 𝘮𝘦𝘶 𝘙𝘦𝘪𝘯𝘰 𝘯ã𝘰 é 𝘥𝘦𝘴𝘵𝘦 𝘮𝘶𝘯𝘥𝘰. 𝘚𝘦 𝘰 𝘮𝘦𝘶 𝘙𝘦𝘪𝘯𝘰 𝘧𝘰𝘴𝘴𝘦 𝘥𝘦𝘴𝘵𝘦 𝘮𝘶𝘯𝘥𝘰, 𝘰𝘴 𝘮𝘦𝘶𝘴 𝘮𝘪𝘯𝘪𝘴𝘵𝘳𝘰𝘴 𝘴𝘦 𝘦𝘮𝘱𝘦𝘯𝘩𝘢𝘳𝘪𝘢𝘮 𝘱𝘰𝘳 𝘮𝘪𝘮, 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘲𝘶𝘦 𝘦𝘶 𝘯ã𝘰 𝘧𝘰𝘴𝘴𝘦 𝘦𝘯𝘵𝘳𝘦𝘨𝘶𝘦 𝘢𝘰𝘴 𝘫𝘶𝘥𝘦𝘶𝘴. 𝘔𝘢𝘴 𝘢𝘨𝘰𝘳𝘢 𝘰 𝘮𝘦𝘶 𝘙𝘦𝘪𝘯𝘰 𝘯ã𝘰 é 𝘥𝘢𝘲𝘶𝘪.


E ainda, Ele disse certa vez em Mateus 5,17-19:


“𝘕ã𝘰 𝘱𝘦𝘯𝘴𝘦𝘪𝘴 𝘲𝘶𝘦 𝘷𝘪𝘮 𝘢𝘣𝘰𝘭𝘪𝘳 𝘢 𝘓𝘦𝘪 𝘦 𝘰𝘴 𝘗𝘳𝘰𝘧𝘦𝘵𝘢𝘴. 𝘕ã𝘰 𝘷𝘪𝘮 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘢𝘣𝘰𝘭𝘪𝘳, 𝘮𝘢𝘴 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘤𝘶𝘮𝘱𝘳𝘪𝘳. –[...] 𝘘𝘶𝘦𝘮 𝘥𝘦𝘴𝘰𝘣𝘦𝘥𝘦𝘤𝘦𝘳 𝘢 𝘶𝘮 𝘴ó 𝘥𝘦𝘴𝘵𝘦𝘴 𝘮𝘢𝘯𝘥𝘢𝘮𝘦𝘯𝘵𝘰𝘴, 𝘱𝘰𝘳 𝘮𝘦𝘯𝘰𝘳 𝘲𝘶𝘦 𝘴𝘦𝘫𝘢, 𝘦 𝘢𝘴𝘴𝘪𝘮 𝘦𝘯𝘴𝘪𝘯𝘢𝘳 𝘰𝘴 𝘰𝘶𝘵𝘳𝘰𝘴, 𝘴𝘦𝘳á 𝘤𝘰𝘯𝘴𝘪𝘥𝘦𝘳𝘢𝘥𝘰 𝘰 𝘮𝘦𝘯𝘰𝘳 𝘯𝘰 𝘙𝘦𝘪𝘯𝘰 𝘥𝘰𝘴 𝘊é𝘶𝘴. 𝘗𝘰𝘳é𝘮, 𝘲𝘶𝘦𝘮 𝘰𝘴 𝘱𝘳𝘢𝘵𝘪𝘤𝘢𝘳 𝘦 𝘦𝘯𝘴𝘪𝘯𝘢𝘳 𝘴𝘦𝘳á 𝘤𝘰𝘯𝘴𝘪𝘥𝘦𝘳𝘢𝘥𝘰 𝘨𝘳𝘢𝘯𝘥𝘦 𝘯𝘰 𝘙𝘦𝘪𝘯𝘰 𝘥𝘰𝘴 𝘊é𝘶𝘴”


Assim, a priorização das regras e Leis do terreiro é coerente com o maior médium que existiu, Jesus. Que não veio ao mundo para abolir a normatização existente, mas para cumprir a sua Lei Divina, anterior a Lei dos homens. Isso ocorre nos terreiros, quando por exemplo  uma Entidade de Luz dá uma orientação, mas o Sacerdote dá outra e até impõe sobre a ordem ou orientação espiritual. Desde que esteja dentro de uma razoabilidade mandamental, ou, pra facilitar o entendimento, dentro da Lei natural ou divina mencionado por Allan Kardec, não há problemas, vejamos:


"𝘈 𝘭𝘦𝘪 𝘯𝘢𝘵𝘶𝘳𝘢𝘭 𝘢𝘣𝘳𝘢𝘯𝘨𝘦 𝘵𝘰𝘥𝘢𝘴 𝘢𝘴 𝘤𝘪𝘳𝘤𝘶𝘯𝘴𝘵â𝘯𝘤𝘪𝘢𝘴 𝘥𝘢 𝘷𝘪𝘥𝘢, 𝘦 𝘦𝘴𝘴𝘢 

𝘮á𝘹𝘪𝘮𝘢 é 𝘢𝘱𝘦𝘯𝘢𝘴 𝘶𝘮𝘢 𝘱𝘢𝘳𝘵𝘦 𝘥𝘢 𝘭𝘦𝘪. 𝘖𝘴 𝘩𝘰𝘮𝘦𝘯𝘴 𝘯𝘦𝘤𝘦𝘴𝘴𝘪𝘵𝘢𝘮 𝘥𝘦 

𝘳𝘦𝘨𝘳𝘢𝘴 𝘱𝘳𝘦𝘤𝘪𝘴𝘢𝘴; 𝘰𝘴 𝘱𝘳𝘦𝘤𝘦𝘪𝘵𝘰𝘴 𝘨𝘦𝘳𝘢𝘪𝘴 𝘦 𝘮𝘶𝘪𝘵𝘰 𝘷𝘢𝘨𝘰𝘴 𝘥𝘦𝘪𝘹𝘢𝘮 

𝘮𝘶𝘪𝘵𝘢𝘴 𝘱𝘰𝘳𝘵𝘢𝘴 𝘢𝘣𝘦𝘳𝘵𝘢𝘴 à

𝘪𝘯𝘵𝘦𝘳𝘱𝘳𝘦𝘵𝘢çã𝘰.

𝘚ã𝘰 𝘦𝘭𝘢𝘴: 𝘓𝘦𝘪𝘴 𝘥𝘦 𝘢𝘥𝘰𝘳𝘢çã𝘰, 𝘵𝘳𝘢𝘣𝘢𝘭𝘩𝘰, 𝘳𝘦𝘱𝘳𝘰𝘥𝘶çã𝘰, 𝘤𝘰𝘯𝘴𝘦𝘳𝘷𝘢çã𝘰, 𝘥𝘦𝘴𝘵𝘳𝘶𝘪çã𝘰, 𝘴𝘰𝘤𝘪𝘦𝘥𝘢𝘥𝘦, 𝘱𝘳𝘰𝘨𝘳𝘦𝘴𝘴𝘰, 𝘪𝘨𝘶𝘢𝘭𝘥𝘢𝘥𝘦, 𝘭𝘪𝘣𝘦𝘳𝘥𝘢𝘥𝘦, 𝘦, 𝘱𝘰𝘳 𝘧𝘪𝘮, 𝘢 𝘥𝘦 𝘫𝘶𝘴𝘵𝘪ç𝘢, 𝘢𝘮𝘰𝘳 𝘦 𝘤𝘢𝘳𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦."

KARDEC, Allan. O livro dos espíritos. Questões 647 e 648.


E ainda, a Lei Divina segundo as questões de O livro dos espíritos: 


"𝘌𝘵𝘦𝘳𝘯𝘢 𝘦 𝘪𝘮𝘶𝘵á𝘷𝘦𝘭 𝘤𝘰𝘮𝘰 𝘰 𝘱𝘳ó𝘱𝘳𝘪𝘰 𝘋𝘦𝘶𝘴." (𝘘𝘶𝘦𝘴𝘵ã𝘰 615)

"𝘈 ú𝘯𝘪𝘤𝘢 𝘷𝘦𝘳𝘥𝘢𝘥𝘦𝘪𝘳𝘢 𝘱𝘢𝘳𝘢 𝘢 𝘧𝘦𝘭𝘪𝘤𝘪𝘥𝘢𝘥𝘦 𝘥𝘰 𝘩𝘰𝘮𝘦𝘮."

(𝘘𝘶𝘦𝘴𝘵ã𝘰 614)

"𝘛𝘰𝘥𝘢𝘴 𝘢𝘴 𝘭𝘦𝘪𝘴 𝘥𝘢 𝘯𝘢𝘵𝘶𝘳𝘦𝘻𝘢 𝘴ã𝘰 𝘭𝘦𝘪𝘴 𝘥𝘪𝘷𝘪𝘯𝘢𝘴, 𝘱𝘰𝘪𝘴 𝘲𝘶𝘦 𝘋𝘦𝘶𝘴 é 𝘤𝘢𝘶𝘴𝘢 𝘱𝘳𝘪𝘮á𝘳𝘪𝘢 𝘥𝘦 𝘵𝘰𝘥𝘢𝘴 𝘢𝘴 𝘤𝘰𝘪𝘴𝘢𝘴."  (𝘘𝘶𝘦𝘴𝘵ã𝘰 1 𝘦 617).

Pode-se fazer um comparativo ao Dharma, de origem no Hinduísmo e filosofia oriental, sendo que a aplicação da Lei Cósmica ou aquilo que o "Divino e Sagrado" se espera em nossas vidas é a Lei do "Reino de Jesus" traçado no evangelho, quando mencio que o "meu reino não é deste mundo". Ainda sim, sem revogar a "Lei dos homens" menciona que haverá consequências "será consirado o menor" no Reino dos Céus. 

E mesmo que esteja fora desta realidade,  a consciência individual e coletiva, com o uso da vaidade e supressão dos mandamentos ou Leis divinas/espirituais aproveitando-se do mal uso mediúnico e Sacerdotal, que lamentavelmente traz consequências pra todos, em qualquer plano espiritual. Portanto, as leis desse mundo ou dos homens, ou em escala menor,  do terreiro, devem ser seguidas e respeitadas, pois se trata de verdadeira expiação para cada vida encarnatoria abrangida pela não revogação das leis dos homens pelo divino e sagrado. 

Atualização 13/10/2023

𝔼𝕤𝕥𝕦𝕕𝕠 𝔾𝕣𝕒𝕥𝕦𝕚𝕥𝕠 | 𝔼𝕤𝕥𝕦𝕕𝕠𝕤 𝔽é 𝕖 𝔸𝕞𝕠𝕣 | 𝔽𝕚𝕝𝕙𝕠𝕤 𝕕𝕖 ℙ𝕒𝕚 𝕁𝕠ã𝕠 𝕕𝕖 𝔸𝕣𝕦𝕒𝕟𝕕𝕒