O TOQUE DO NATURAL
Quando ainda o tempo era envolto de felicidade e alegria, os pássaros voavam de uma árvore frutífera para outra.
Não temiamos a floresta, sabíamos exatamente onde encontrar nossa subsistência. Nossas rudimentares eram para propósitos sublimes, tal como alimentação e vestuário, pouco se sabia sobre o ego, nossas damas guerreiras se preocupavam com suas belezas entrando em sintonia com o natural.
Nossa crianças quando começavam a andar, já era iniciado o processo de transformação, era uma escola muito diferente das atuais, criavamos e formavamos homens e mulheres honrados.
Na verdade o mundo nos pertencia, chegamos em máxima sintonia com o natural, seria fácil pra vocês, médiuns de hoje, compreender as sintonias e o significado de Orixá.
Havia um respeito pela ancestralidade e pelos anciãos da aldeia, Pajé, Cacique, Xamã, Caçador e a líder indígena mais velha que passava o conhecimento e sabedorias a todas Jureminhas. Era uma época que realmente sentiamos que o grande espírito transitava entre os encarnados.
Vieram como maldição, como maus espíritos, tivemos a sensação que libertaram todos os encardidos desonrados de uma só vez. Foi muito triste, fomos dizimados, Cacique Rompe Mato, Cacique Arranca Toco, Cabocla Jurema, Caboclo do Fogo, Caboclo Cobra Coral, Grande Pajé Tupinambá, Senhor Sultão das Matas, Caboclo Araúna, a Linda Cabocla Jussara, Seu 7 Estrelas, e tantos outros que poderia passar dias a contar. Cada um em sua doutrina, em sua verdade e tribos, mas todos sem exceção, observados e dentro do projeto maior de Tupã.
Nas irradiações formamos nossos trejeitos, vindo de nossas encarnações e batalhas de sofrimentos e injustiças sofridas. Fomos literalmente "arrebatados", assim como nossos irmãos africanos e tantas outras culturas dizimadas, hoje o orgulho ficou de lado e muitos já chegam com armas plasmada em suas mãos, vindo de todas a nações, se via bodoques, lanças, facas rudimentares, machados e com a permissão de Xangô, sempre com as armas.
O grande espírito de igual pra igual, ele quer trabalhar com aqueles que ainda reencarnam, custamos a aceitar e compreender nosso papel nessa jornada e sistema de provações, mas, por sorte ainda há o culto aos espíritos indígenas dentro de uma plasma vibracional encabeçado por Oxóssi.
Não pense como indivíduo egoísta e sem propósito espiritual como os que nos dominaram e dizimaram, apesar de estarem em suas veias essa genética de desonra, dentro de vocês em algum momento o Grande Espírito deixou um toque do natural, que somos nós os Caboclos de Umbanda.
FOLHOS DE PAI JOÃO DE ARUANDA | Mensagem mediúnica| Administrador Pelo Espírito de Cacique Rompe Mato
@filhosdepaijoaodearuanda
SARAVÁ UMBANDA!
OKÊ CABOCLO!
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